sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Queimadas
A dimensão das queimadas na região tropical tem provocado preocupação e polêmica em âmbito nacional e internacional. Elas estão em geral associadas ao desmatamento e a incêndios florestais, e, no caso do Brasil, onde ocorrem mais de 200 mil por ano, as pesquisas indicam que as queimadas são, na maioria das vezes, uma prática agrícola generalizada. Aproximadamente 30% delas ocorrem na Amazônia, principalmente no sul e sudeste da região.
O Brasil é um dos únicos países do mundo a dispor de um sistema orbital de monitoramento de queimadas absolutamente operacional. Dezenas de mapas de localização são gerados por semana, durante o inverno, e, neste trabalho, são apresentados dados quantitativos do monitoramento orbital das queimadas ocorridas na Amazônia. O monitoramento é fruto de uma colaboração científica multiinstitucional, envolvendo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Núcleo de Monitoramento Ambiental - NMA/EMBRAPA, a Ecoforça - Pesquisa e Desenvolvimento e a Agência Estado (AE). Os resultados estão sendo obtidos graças ao estudo diário de imagens dos satélites norte-americanos da série NOAA, de responsabilidade da U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration.
O impacto ambiental das queimadas preocupa a comunidade científica, ambientalistas e a sociedade em geral, pois elas afetam diretamente a física, a química e a biologia dos solos, alterando, ainda, a qualidade do ar em proporções inimagináveis. Também interferem na vegetação, na biodiversidade e na saúde humana. Indiretamente, as queimadas podem comprometer até a qualidade dos recursos hídricos de superfície. Várias pesquisas científicas recentes estão ajudando a compreender a real dimensão deste impacto, em particular no caso da Amazônia.
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