terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Não abandone seu animal em um ccz (centro de controle zoonozes)


carrocinha = a ccz = sacrificio
1. A CARROCINHA MATA. Somente uma pequena parte dos animais recolhidos são resgatados pelos donos ou adotados pela comunidade. A maioria dos cães e gatos são sacrificados ou doados para estudo em universidades, onde muitas vezes são torturados em experiências dolorosas (vivissecção), após as quais a morte é um verdadeiro alívio sendo que a ccz ñ se dá o trabalho de tratar o animal mesmo que o problema dele seja simples.

2. A própria Organização Mundial da Saúde NÃO recomenda a simples captura e extermínio de cães e gatos como forma de controle populacional e combate às zoonoses (doenças transmitidas por animais). A OMS aponta como medidas eficazes o controle de natalidade pela esterilização, o controle ambiental e principalmente a educação para a posse responsável de animais de estimação. A "carrocinha", além de ser um método cruel e ilegal, não representa solução para os bichos sem dono nos centros urbanos. Além de não ser humanitária, a política de extermínio não é econômica nem racional. Em relação à prevenção da raiva, relatos de áreas de foco no México e Colômbia indicaram que a apreensão e eliminação de animais não preveniu novos focos da doença, devendo-se atuar na imunização (vacinação) e conscientização da população para que cuide de seus animais.

3. Os órgãos de Saúde Pública costumam potencializar a transmissão de doenças como desculpa para a matança sistemática de animais domésticos. Em geral os cães e gatos contraem doenças devido à negligência e falta de informação da própria comunidade, principal responsável pelo abandono de animais nas vias públicas. Mais uma vez, matar não é a solução. Enquanto a população não for orientada, continuará permitindo a procriação descontrolada de animais que passarão a viver nas ruas sem alimentação, higiene e cuidados preventivos, tendo como conseqüência as doenças. Trata-se de um ciclo vicioso onde os animais são vítimas da irresponsabilidade dos seres humanos.

4. Por outro lado, quem convive responsavelmente com animais de estimação sabe dos benefícios que os mesmos trazem às pessoas. Estudos internacionais comprovam a eficácia da presença de cães, gatos e cavalos como suporte à terapias com crianças com problemas físicos e emocionais (zooterapia). Ainda, os animais de estimação desempenham papel fundamental como companhia de pessoas idosas. Sendo assim, a tentativa do poder público de apresentar os animais como "criminosos", verdadeiras ameaças ao bem estar dos seres humanos, além de injusta, infere pânico à população, contribuindo ainda mais para sua ignorância com relação ao assunto, além de incentivar atos ilegais de abandono e maus tratos.

5. Em nome da saúde pública, atrocidades estão sendo cometidas pelos Centros de Controle de Zoonoses (CCZs) em todo o Brasil, com denúncias de animais mortos em câmaras de descompressão, por injeção letal sem aplicação prévia de anestésico, com eletrochoques e até a pauladas.

6. Tradicionalmente todos os animais, sem distinção de idade, espécie, tamanho ou estado de saúde, são manejados através do cambão, que é um laço fixado a um cabo rígido para evitar a aproximação do animal de quem os maneja. O cambão produz resultados desastrosos, ocasionando ferimentos, mutilação e até mesmo a morte do animal apreendido.

7. Em geral não há registros formais relativos ao número de animais apreendidos, motivo do sacrifício (curiosamente, em alguns casos, todos os animais que entram nos CCZs estão doentes a ponto de serem sacrificados), e principalmente, o método de sacrifício. Quando entregues para estudo nas universidades ou doados para entidades de proteção, não há registros que comprovem a recepção do animal no seu destino, oportunidade para que abusos ocorram sem que ninguém tome conhecimento. A falta de controle nos CCZs tem ainda como conseqüência a morte de animais antes do prazo legal para resgate pelos donos. Em municípios sem dispositivos de cadastramento e identificação de cães, o problema é maior, visto que nos casos de fuga ou perda dos animais, não há condições de localização do dono a curto prazo. A falta de informação faz com que muitos donos não consigam chegar a tempo de salvar seus companheiros da morte.

8. Os CCZs sacrificam animais lá entregues por seus próprios donos. Este fato lamentável ocorre por diversas razões, desde a falta de condições de pagar tratamento veterinário, até por que o animal velho está sendo substituído por um filhote (em tempos de pessoas descartáveis, o que sobra aos animais ?) Na maioria das vezes, estas pessoas que transferem sua responsabilidade aos demais contribuintes, em pouco tempo voltam a comprar animais e reincidem no erro. Nestes casos a Prefeitura está não só utilizando indevidamente o dinheiro do contribuinte. Abre portas para uma forma cômoda de descarte, incentivando o comportamento irresponsável.

9. Se você for contra a "carrocinha", SAIBA QUE NÃO ESTÁ SOZINHO. A disseminação de informações, principalmente via Internet, faz com que cresça a cada dia o número de cidadãos que repudiam este método arcaico no tratamento da problemática dos animais urbanos. Eleitores e contribuintes não querem mais que seu dinheiro seja desperdiçado com ações que não apresentam solução definitiva ao problema. Felizmente, aumenta também o número de políticos progressistas que já estão trabalhando por campanhas educativas e de esterilização em seus municípios. Pessoas bem informadas concordam que a "carrocinha" representa uma visão tão antiga e atrasada quanto o próprio termo popular, originado do fato dos animais apreendidos serem transportados por um veículo de tração animal.

10. LEIS QUE PROTEGEM OS ANIMAIS:
Declaração Universal dos Direitos dos Animais,1978
Constituição Federal, Art. 225
Lei 9.605/98 (LEI DE CRIMES AMBIENTAIS), Art.32
Decreto Federal N° 24.645/34

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